Carta de um Paciente a sua Ansiedade...
- Ana Paula Gonçalves
- 9 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Querida Ansiedade,

Escrevo estas palavras com um sorriso e um coração mais sereno. Lembro-me das noites em que nossos pensamentos inquietos dançavam sem fim, antecipando tempestades que nunca chegavam. Hoje, quero compartilhar o quanto nossa jornada mudou desde então, graças àquela escolha corajosa: a terapia.
Ah, Ansiedade, você costumava ser uma chuva incessante de "E se...?" e "E se não...?". Você pintava cenários de catástrofes imaginárias, enquanto eu segurava a sombrinha da incerteza. Mas então, a terapeuta entrou em cena. Com olhos gentis e palavras tranquilizadoras, ela me ensinou a desviar do terreno escorregadio das antecipações.
Lembra das nossas conversas, Ansiedade? Ela me ajudou a desfazer seus nós apertados, mostrando que a mente não é um oráculo infalível. Os pensamentos são como nuvens passageiras, às vezes sombrias, mas quase sempre passageiras. E eu aprendi a olhar para elas sem me perder na tempestade.
A terapia trouxe ferramentas mágicas, como a respiração profunda. Você costumava acelerar meu coração, mas agora, Ansiedade, eu posso acalmá-lo com o simples ritmo de inspirar e expirar. Seus ataques agora encontram portas fechadas, porque eu aprendi a dizer: "Não hoje, ansiedade, eu escolho paz."
E, oh, você que costumava dominar as noites de sono, agora descansa em um cantinho, porque a terapia também me mostrou o poder do autocuidado. Sinto o aconchego de rotinas relaxantes, leituras que inspiram, e até abraços que valem por mil palavras.
Hoje, olho para trás com gratidão. A terapia não só me ajudou a ver além dos seus truques, Ansiedade, mas também a abraçar as imperfeições que tornam a vida colorida. Você e eu, juntos, formamos um capítulo importante da minha jornada, mas agora caminhamos lado a lado, e não de mãos dadas.
Até qualquer dia, mas dessa vez você não irá me dominar.